quarta-feira, 8 de junho de 2011

As lesões resultantes da BTT estarão em franca diminuição ?

as lesões da BTT
Coimbra, Março 2011 - Um press release publicado recentemente, dá-nos conta que num período de 14 anos nos EUA, desde 1994 a 2007, o número de lesões em geral contraídas durante a prática de BTT, baixou de modo muito significativo, com uma redução de 56%.
Esta informação tem por base os dados recolhidos pelo Sistema Americano de Vigilância Electrónica de Lesões e publicados na edição de Fevereiro do American Journal of Sports Medicine.
De acordo com o press release, este declínio é devido à conjugação de vários factores, entre os quais parece ter alguma importância uma diminuição do numero dos praticantes, mas também ao facto de ter havido uma melhoria no sistema de travagem e da suspensão das bicicletas, com um consequente ganho do controlo da bicicleta por parte dos ciclistas.
Quanto aos mecanismos lesionais, as quedas são apresentadas como sendo responsáveis por 70% das lesões e a projecção da bicicleta, por 14%.
Para além disso é também referido que os diagnósticos mais frequentes se referem a fracturas (27%), lesões de tecidos moles (24%), lacerações (21%).
Outros aspectos para reflexão, residem no facto de as lesões mais graves e a necessitarem de internamento para tratamento, envolverem as raparigas e as mulheres. Já os jovens com idades entre os 14 e os 19 anos, são responsáveis pelo dobro dos traumatismos crâneo-encefálicos em relação aos ciclistas mais velhos.
Francisco Santos Silva, ortopedista com muita experiência na traumatologia do ciclismo, deixa a noção de que em Portugal não é possível sabermos quais as taxas de sinistralidade e bem assim o compromisso lesional da mesma. No entanto adianta que a maior incidência da traumatologia se centra a nível do ombro e em particular na clavícula.
“ no entanto se o paralelismo funcionar, quanto à baixa nas lesões da BTT e partindo do principio que a mesma se possa dever fundamentalmente às melhorias mecânicas da bicicleta, então com toda a certeza em Portugal estaremos também no bom caminho “ conclui o cirurgião.

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